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Mostrando postagens de março, 2011

Corda Bamba–Homenagem ao Dia das Mulheres

Abri os olhos. Senti meu corpo sacudir pela ação do vento. Percebi que me apoiava em algo estranho. Olhei para os meus pés. Estava em uma corda bamba. Tomado pelo medo, fitei à frente. A uns 15 metros, ao final da corda, havia uma pequena plataforma. Segurança. Tentei olhar para trás. Não consegui. Desequilibrei-me e quase caí. Só então percebi que era impossível visualizar o chão. Não podia precisar a altura, mas em certo ponto do desconhecido abaixo, uma bruma densa como pedra me impedia conhecer o destino fora da corda bamba. Tinha que caminhar. O medo da morte fez que com me apaixonasse pelo fio sobre meus pés. Aquela corda era minha sustentação. Meu equilíbrio. Meu único existir. Precisava caminhar. Os passos eram lentos, mas confiava na corda. O trajeto era firme, linear, sem obstáculos. A plataforma se aproximava. Senti uma doce brisa vinda do leste. Sorri. Desequilibrei. Quase caí. Maldita brisa. Doce brisa que quase me arremessou em direção ao nada. Aquietei meu coração. Ma